AE MAXIMINOS EM TIRLISUA
O Programa Erasmus+ une escolas europeias em projeto de formação cidadã

Desde setembro de 2017 que o AE Maximinos participa no projeto “GreenSchools 2.0 for a sustainable future”, promovido por seis escolas europeiasno âmbito do Programa Erasmus+: Itália, Grécia, Macedónia, Polónia,Portugal e Roménia.Este projeto tem em vista envolver as escolas parceiras em práticas comunsde Educação Ambiental e Educação para o Desenvolvimento Sustentável de modo a que os respetivos alunos se assumam como cidadãos europeus ecologicamente responsáveis, capazes de fazer escolhas saudáveis comimpacto cada vez mais reduzido no ambiente - a nível local e global - e que contribuam para o desenvolvimento sustentável do seu país.
O projeto, no segundo ano de implementação, implica envolver os alunos em tarefas, teóricas e práticas, relativamente a seis temas: Economia de energia, Economia de água e proteção marinha, Alimentação saudável e ecologicamente responsável, Horta e jardim ecológico, Poluição do ar e Resíduos domésticos, cabendo a cada escola a responsabilidade pela orientação de um tema.

O AE Maximinos/EB 2/3 Frei Caetano Brandão, escola parceira em Portugal, participou na 2ª Reunião Transnacional deste projeto, que se realizou na Scoala Profisionala de Tirlisua, (Transilvânia), Roménia, de 15 a 19 de outubro, sendo representado pelas professoras Teresa Barbosa e Paula
Oliveira. Situada no vale de Tirlisua, a cerca de 100 km de Bistrita (capital de distrito), a escola anfitriã, com cerca de 80 alunos desde o 1º ciclo à formação profissional, educa uma população economicamente desfavorecida, mas motivada para aprender.

A reunião teve como objetivo fazer o ponto da situação do trabalho realizado no 1º ano do projeto, analisar os resultados em cada país, identificar eventuais alterações e planificar ações futuras. Para além das reuniões de trabalho, a Scoala Profisionala de Tirlisua organizou iniciativas que permitiram conhecer as potencialidades e fragilidades desta região, através de reuniões com responsáveis políticos, visita a outra escola, a empresas e a locais que consideram importantes sob o ponto de vista da história e ambiente local. As atividades permitiram, também, perceber que a Transilvânia tem um potencial enorme em termos de ambiente e paisagem, na qual os bosques de faias, rios e lagoas (no geral lagoas artificiais construídas nos últimos anos para irrigação) e campos cultivados do planalto contrastam com a altitude da cordilheira dos Cárpatos. Este povo valoriza o património etnográfico, incentivando o envolvimento de crianças e jovens em atividades relacionadas com o folclore local, e atribui valor à madeira dos bosques que exporta e usa na arquitetura tradicional, fabrico de artesanato e aquecimento. A forte articulação da escola de Tirlisua com a população e com os políticos – a nível local e em Bistrita - não deixa dúvidas que existe um trabalho colaborativo de excelência que tem em vista o desenvolvimento local. O papel da escola, na Educação das crianças e
jovens, é valorizado pela população e reconhecido e apoiado por quem exerce funções políticas. Destacamos a hospitalidade deste povo, profundamente marcado pela 2ª Guerra Mundial e pela ocupação, posterior à guerra, pela União Soviética. A História recente e as memórias que as famílias preservam levou-o a valorizar a liberdade e a independência política e a ansiar por um desenvolvimento sustentável. Nesta reunião Transnacional do “Green Schools 2.0 for a sustainable
future” partilhámos abordagens e recursos relativos às problemáticas alvo do projeto, tanto no plano científico como pedagógico e, em conjunto, definimos ações futuras que implicam o envolvimento dos alunos em práticas de educação cidadã. E aprendemos muito com as escolas que visitamos, no que se refere ao trabalho colaborativo (escola, comunidade, responsáveis políticos locais) e, também, sob o ponto de vista humano (valorização da liberdade, da independência, da educação, da cidadania, do património local), o que a todos agradecemos.